ASPLENIACEAE

Asplenium lacinulatum Schrad.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Asplenium lacinulatum (ASPLENIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

400.671,956 Km2

AOO:

64,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná (Sylvestre, 2012) e Santa Catarina (CNCFlora, 2011)A espécie ocorre em altitude máxima de 10 m (Sylvestre, 2001), porém registro em herbário reporta a ocorrência em altitude de até 100 m (Matos, F. B., 1725, CEPEC 126057)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>A. lacinatum</i> é uma samambaia extremamente ornamental encontrada principalmente em áreas de restinga, da Bahia a Santa Catarina. É uma espécie amplamente distribuída (EOO=340.550,680 km²) e com diversas coletas ao longo do litoral. Dessa maneira, <i>A. lacinatum</i> pode ser considerada como uma espécie "Menos preocupante" (LC). Entretanto, por ocorrer em restinga, uma fitofisionomia bastante ameaçada, recomenda-se que sejam feitos estudos para se entender o real estado de conservação de <i>A. lacinatum</i>.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: A espécie apresenta população descontínua ao longo das florestas litorâneas, desde o Sul da Bahia até o Paraná (Simonelli; Fraga, 2007).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Sylvestre, 2009)Floresta de restinga (Sylvestre, 2001)Restinga herbácea - subarbustiva e arbórea (MMA, 2011)
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: A espécie ocorre na região costeira do Brasil, geralmente nas florestas de restinga. São ervas terrícolas que crescem sobre solo humoso da mata, em locais úmidos e sombreados. Não ocorre em locais onde a vegetação foi alterada (Sylvestre, 2001).No Espírito Santo a espécie é indicadora de estágio clímax de restinga herbácea e subarbustiva, estágio primário de restinga arbustiva e estágio inicial de regeneração de restinga arbórea (MMA, 2011)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Por estar localizada ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre arestinga está sob intensa pressão da ocupação humana desde a colonização queconseqüentemente causou alteração da paisagem original (Mantovani, 2003).Devido ao solo ser arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis aoimpacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, desenvolvimento imobiliário e agricultura (SEAMA, 2001). A vegetação darestinga é geralmente mais densa e baixa do que outros tipos de vegetaçãoflorestal da região, o que faz dela uma fonte de madeira e lenha muitoapreciada para residências ou pequenas indústrias (Galindo-Leal; Câmara, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no Estado de Espírito Santo. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do Estado (Simonelli ; Fraga, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Hoje, grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia; Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30.000 ha de cobertura florestal (Paciência; Prado, 2005), 40.000 ha em estágio inicial de regeneração e 200.000 ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger; Caldas 1996). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência; Prado, 2005)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional do Pau-Brasil, BA, Estação Ecológica Ilha do Mel, Estação Ecológica de Guaraguacú, PR, Estação Ecológica de Chauas, SP (CNCFlora, 2011) e Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, RJ (Sylvestre, 2001)